No penúltimo episódio da série “Marketing Sensorial”, falaremos de como a publicidade e o marketing se aproveitam do nosso aparelho auditivo. A audição é composta por quatro elementos: melodias, ritmos, tons, músicas e sons. Evidentemente eles se misturam de infinitas formas, mas, e na publicidade, como usam dessa estratégia?

A ideia das empresas é de suas marcas possuírem sons e é aqui onde iremos sugerir o mesmo. Por que não criar um som para sua marca? Existem centenas de cases de marketing sensorial auditivo e traremos alguns deles para você.

Esses sons servem para diferenciar a marca, ambientar o cliente, trazer memórias e promover sensações, portanto, todos os elementos auditivos utilizados têm de casarem com os valores da empresa e com a ideia que ela prega.

Para realizar essa estratégia é necessário profissionais da área do marketing ou da publicidade, portanto, desenvolva o núcleo da sua empresa – se já tem um – ou contrate uma agência especializada para cuidar disso para você. Além disso, é importante saber onde aquele som será reproduzido, em qual ambiente e para qual público, para todas essas divergências haverão métodos a serem criados e uma pluralidade a ser descoberta.

Entretanto, em um conceito mais aprofundado, o marketing sensorial auditivo é muito usado para estratégias presenciais também e é algo que pode sempre ser explorado, se feito com profissionalismo, das composições até mesmo ao ato de selecionar uma playlist para tocar no seu estabelecimento. 

Importância na ambientação e na indução

Marketing sensorial auditivo
Muitos cafés criam áreas de convivência para promoverem uma experiência relaxante, envolvendo decoração, música ambiente e identidade visual.

O que você deseja que o seu consumidor faça quando esteja em contato com o seu produto na sua loja? Os sons e músicas ambiente irão te auxiliar! Vamos supor que você tenha uma cafeteria, o interessante é você manter o seu cliente dentro da loja, certo?

Então, coloque músicas relaxantes, mais lentas, em que ele fique relaxado e permaneça na sua loja, curtindo o momento e gastando tempo dentro dela, tomando cafés, conversando, comendo, induza-o a sentir-se confortável.

Agora, outro exemplo, em uma loja de um fluxo mais rápido, tipo um fast food, coloque músicas mais agitadas, mais animadas, não para causar incomodo no cliente e fazê-lo querer ir embora logo do estabelecimento, mas para que ele seja mais objetivo, escolha rápido o que deseja, coma e abra lugar para outros clientes.

Muitos fasts foods fazem esse jogo de marketing sensorial auditivo de maneira genial. Em partes do restaurante que é para o cliente ser mais objetivo, como fila para pedidos e o próprio drive thru, músicas mais animadas. Já, em partes do restaurante próprias para o cliente ficar mais tempo, músicas mais lentas, melódicas, como jazz, por exemplo, para ele relaxar, comer e ficar mais ambientado até para que ele fique mais tempo na loja e consuma outros alimentos.

Você pode buscar também valorizar a sua marca pelo som que você promove dentro dela, principalmente se você trabalha com um produto mais elitizado. Grifes de luxo, por exemplo, colocam músicas que remetam a garbo e elegância para prestigiar a experiência do cliente, fazendo ele se sentir mais fino, chique e refinado, consequentemente, valorizando o próprio produto.

Sons institucionais

Para uma estratégia de áudio que crie uma originalidade em relação à marca, sendo o “som­­” da empresa, de comerciais em TV aos storys do instagram, muitas marcas usam de spots e jingles, spot é uma peça mais falada, o jingle é uma composição musical, ambas incluem melodia, mas é mais importante no jingle. Grandes marcas fizeram jingles de sucesso, como o do Big Mac do McDonald’s, alguns da Johnson & Johnson, Dolly, entre outras.

Há também as estratégias que visam por meio de alguns “barulhinhos” nos instigarem, como a Coca-Cola que procura conciliar a marca aos sons de vidro de garrafa batendo levemente em algo, o líquido caindo no copo e ao som da espuma que sobe por alguns minutos – essa por sua vez trabalha ainda mais com uma estratégia sensorial mais instintiva.

Estratégias criativas de marketing sensorial auditivo

marketing sensorial auditivo
Alguns restaurantes de comida japonesa para criarem uma experiência de imersão na cultura nipônica colocam músicas nativas do país

Há várias formas de ser criativo, desde trabalhando de maneira mais institucional até aplicando o método de ambientação e indução. O que é importante para realizar essa estratégia de marketing auditivo é principalmente o profissionalismo, a ideia tem que conciliar sempre com os valores da empresa. Você pode buscar, por exemplo, que sua embalagem faça um barulho específico ao ser aberta ou fechada, que seu site tenha uma música de fundo. Trabalhar nas suas mídias com músicas, jingles e até mesmo spots, enfim, tudo é válido se feito com profissionalismo e estudo de campo. Vale a pena experimentar!

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