Gestão de marcas, ou branding, ingressou no mundo corporativo no início do século 20; ideia é criar identidades que diferenciem as empresas e gerem conexão emocional

Branding
Branding, ou gestão de marcas, ingressou no mundo corporativo no início do século 20

O termo branding soa muito familiar para quem atua nas áreas de publicidade, design, marketing ou eventos – embora nem todos saibam seu significado real. Mas muitos consumidores e empresas ainda estão bem distantes de compreender esse conceito. Entendê-lo, porém, pode ser a peça-chave para o sucesso de uma marca.

Segundo a Endeavor Brasil, o branding, ou gestão de marcas, é a alma de uma companhia. Por isso, a Vila Criativa vai explicar direitinho que “trem” tão importante é esse. Muitas vezes confundido simplesmente com o nome ou o design da marca, ele que vai muito além disso.

O que é branding?

Primeiramente, é preciso entender o sentido de “marca”. Para quem produz, marca é a identidade da empresa e seus produtos e serviços, além de seus valores, equipe e processos. Por outro lado, sob o ponto de vista do consumidor, a marca representa uma percepção resultante de experiências, impressões e sentimentos vividos em relação a um determinado negócio, produto ou serviço.

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A marca não é o que os profissionais de marketing pensam que ela é, mas o que eles, os consumidores, pensam que é. Para isso, não adianta que ela seja somente diferente – ela precisa ser relevante para o público. Posto isso, podemos definir branding – termo muitas vezes nebuloso – como:

– Um projeto que gerencia e relaciona as diversas áreas relacionadas a uma marca com a meta de adicionar valor ao produto ou serviço, diferenciando-o no mercado;

– Um programa de construção e gestão de pontos de contato da marca com seus públicos estratégicos;

– Um modelo de gerenciamento que põe a marca no foco das questões corporativas para criar conexão emocional entre ela e seus consumidores, elevando o valor do negócio;

– O ato de fazer com que um consumidor em potencial entenda a marca como a única solução para o que procura, atraindo-o para a empresa e sua filosofia. E isso é mais do que fazer com que ele escolha sua marca ao invés da concorrência. É fazer com que seu negócio ganhe identidade sólida e saiba gerenciá-la!

De onde vem o branding?

Embora tenha sido desenvolvida ao longo de muitos séculos, a gestão de marcas como prática profissional ingressou nas empresas no início do século 20, com a ascensão da publicidade em massa. Naquela altura, grandes empresas começaram a investir no desenvolvimento de identidades que as distinguissem da concorrência e criassem um elo emocional com os consumidores.

O poder simbólico das marcas reforçou-se com o avanço das tecnologias de impressão e dos veículos de comunicação em massa. Assim, elas começaram a integrar a cultura popular com slogans viciantes e logotipos marcantes que passaram a ser utilizados para identificação e promoção de produtos.

Digital branding

Muito tempo se passou e as mudanças no universo da propaganda e do marketing nunca pararam. Hoje, fala-se muito sobre digital branding, termo que, em tradução livre a partir do inglês, significa “gestão de marcas em ambientes digitais”.

Isso porque a expansão do branding tornou-se ainda mais rápida com a era digital e o surgimento da internet. Com isso, as marcas puderam ir além da publicidade tradicional, atingindo seu público-alvo por meio dos mais variados canais, como sites, redes sociais e influenciadores digitais.

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Assim como o branding tradicional, o digital branding ajuda a posicionar uma marca na mente dos consumidores e no mercado. Seu planejamento estratégico deve ser elaborado com base nos valores da empresa, levando em conta as expectativas dos clientes. Mas tudo é feito com o apoio e de acordo com as novas tecnologias, como as redes sociais e a inteligência artificial.

A importância das pesquisas

Para definir uma marca, é preciso compreender o que ela oferece, qual é o perfil de público com quem quer interagir e, por fim, qual é a mensagem que a companhia quer transmitir.

Para estabelecer o branding de cada marca, é muito importante que as empresas invistam em pesquisas que possam contribuir para as diferentes etapas do planejamento estratégico. É preciso saber com a maior precisão possível, por exemplo, quem é o público-alvo e qual a melhor maneira de transmitir a mensagem a ele.

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Em resumo, o papel do branding é criar, analisar e direcionar a potencial energia das marcas; aperfeiçoar os investimentos; fortalecer a reputação da corporação; elevar o valor da marca; gerar uma proposta de valor para diferenciá-la no mercado; e desenvolver uma cultura de gestão de marca.

A coesão com os valores da empresa, desde a aquisição das matérias-primas até a entrega ao consumidor, garante que a gestão de branding conquiste suas metas e crie conexão com o público. Isso torna o negócio reconhecido e, consequentemente, bem-sucedido.

Começamos este texto citando a palavra “trem”. Ela é um ótimo exemplo de uma marca registrada dos mineiros, que significa “coisa” e que, com certeza, integra o branding desse querido Estado brasileiro. Tá explicado, uai!

Fontes: Awari e Universidade Anhembi-Morumbi

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