Hoje, 1º de fevereiro, é o Dia do Publicitário e, como qualquer agência de publicidade que se preze, não poderíamos deixar esta data passar em branco. Do glamour quiçá um pouco exagerado à necessidade de sempre se reinventar, a profissão de publicitário, por incrível que pareça, é bem mais recente do que a história da publicidade em si.

Os primeiros registros da publicidade datam de 3000 a.C., quando sapateiros, ferreiros e outros profissionais artesãos na antiga Babilônia ofertavam seus produtos e serviços escrevendo em muros. Os primeiros impressos surgiram depois, na Roma antiga, quando cartazes oferecendo apartamentos ou procurando por profissionais estampavam os muros do império.

Até que, lá pelo século XV, um inventor alemão chamado Johannes Gutenberg criou a prensa mecânica, uma máquina revolucionária que conseguia imprimir páginas de livros (normalmente, a Bíblia) em minutos, algo milagroso se levarmos em conta que a Bíblia era copiada pelos monges. Foi a partir daí que a publicidade deu um grande salto. Os mesmos cartazes, antes escritos de forma rudimentar, passaram a ser impressos em grandes quantidades e distribuídos para muitas praças. Dois séculos mais pra frente, os jornais nasceram e, com eles, o espaço para propaganda em suas folhas, uma espécie de bisavô dos classificados, iniciando um novo boom de visibilidade para serviços e produtos.

A partir do século XIX, campanhas desenhadas e pintadas à mão nasceram para ficar na história. (Imagem: Anúncio Nabisco/Aventuras na História)
Depois, nasceram as agências de publicidade, com o pioneirismo do britânico William Taylor ao abrir seu escritório em Londres, em 1786. Já o estadunidense Volney B. Palmer abriu a primeira agência na terra do Tio Sam, em 1841, e começou a comprar espaços em jornais e revendê-los por um valor mais alto. Mas foi em 1877 que James Walter Thompson, considerado o pai da publicidade moderna, remodelou a tática criada por Palmer para aquela que é usada até hoje: vender espaços em impressos pelo mesmo preço do veículo, porém mediante comissão.

Inclusive, foi na agência de Thompson que apareceram os primeiros criativos, responsáveis por desenvolverem peças específicas para cada cliente. As campanhas eram desenhadas à mão, o que ajudou a dar à profissão de publicitário a roupagem glamourosa que perpetua até hoje. Esse estilo de criar campanhas, hoje considerado clássico e vintage, perdurou até meados dos anos 1950.

No Brasil, em 1914, o publicitário João Castaldi abriu a Eclética, reconhecida como a primeira agência em terras tupiniquins. Castaldi implantou aqui o mesmo modelo de Thompson e conseguiu criar campanhas para Texaco, Ford, Kolynos, Palmolive, entre outras. Atualmente, nosso país possui cerca de 10 mil agências de publicidade, desde pequenas e de nicho até gigantes, como a Young & Rubicam ou WMcCann.

Os mamíferos da Parmalat viraram febre entre adultos e crianças nos anos 1990. (Imagem: Anúncio Parmalat/DM9DDB)
A publicidade ainda tem uma grande importância nos dias atuais, e ela está sempre se reinventando mediante adversidades, regras e leis proibitivas ou regulamentadoras. Antigamente, por exemplo, eram comuns campanhas de cigarro ou bebidas sem alertas sobre riscos à saúde, publicidade voltada às crianças ou até um bebê manuseando uma lâmina de barbear. Mas isso não impede que grandes campanhas, comerciais ou anúncios ainda marquem história, sejam premiados ou imortalizados. Até hoje o festival Cannes Lions atrai agências de publicidade do mundo inteiro em busca de troféus.
Nossa mascote
Como muitas áreas profissionais, a publicidade também tem sua mascote. No nosso caso é o galo, aquele animal costumeiro em sítios e fazendas que é o dono do terreiro. Mas… qual é a associação entre uma coisa e outra?

Simples: o galo é o primeiro animal a anunciar um novo dia com seu canto, tal qual os publicitários, que são os primeiros a anunciarem produtos, serviços ou marcas.

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