Bem-vindo ao Ano do Cachorro!

Entramos em fevereiro, então… Feliz Ano Novo!

Não, não estamos atrasados. Estamos apenas celebrando o início do Ano do Cachorro que, segundo o calendário chinês, começa dia 16 de fevereiro.

Você certamente já ouviu falar neste calendário, mas você sabia que o calendário chinês é o registro cronológico mais antigo do mundo? Ele é baseado nos ciclos da Lua e do Sol, tornando-o um calendário lunissolar.

Calma! Não é difícil de entender: cada ano possui 12 lunações (período que ocorre entre duas luas novas consecutivas, nas quais acontecem todas as fases da lua), totalizando 354 dias. Como o ciclo solar possui um pouco mais de dias, ou seja, nossos tradicionais 365, o calendário chinês ganha um mês extra a cada três anos aproximadamente. Dessa forma, há uma sincronia entre a contagem de dias dos dois ciclos.

Por isso que, enquanto contamos um ano como o período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, os chineses são mais maleáveis, podendo celebrar a entrada de um novo ano tanto no final de janeiro quanto no começo de fevereiro. Assim, enquanto nós aqui estamos em 2018, os chineses já chegaram em 4716, ano que será regido pelo cachorro.

Mas… qual é a do cachorro? Qual é a relação dele com isso tudo? A resposta está no horóscopo chinês.

Assim como o nosso horóscopo, o chinês está diretamente ligado ao seu calendário. Segundo a mitologia, cada ano é regido por um animal, sendo que este influenciaria na vida e nas características dos nascentes sobre seus cuidados (equivalente ao que acontece com o nosso horóscopo).

Uma lenda diz que Buda convidou todos os animais criados por ele para uma festa, prometendo um presente para cada um deles. Apenas doze animais compareceram, chegando nesta ordem: o rato, o boi, o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, a cabra, o macaco, o galo, o cachorro e o porco. Como prometera, Buda presenteou cada um deles com um ano, para reger e cuidar, de acordo com a ordem de chegada à festa. Os animais teriam, então, jurado que passariam todos os dias e noites de seu ano vagando pelo mundo, protegendo e convertendo as pessoas, enquanto os demais onze praticariam o bem em silêncio. Dessa forma, Buda e os demais deuses do panteão chinês garantiriam o equilíbrio do universo.

Seguindo a lógica dessa lenda, em 16 de fevereiro o galo encerra seu ano de peregrinação e dá a vez ao cachorro, que sairá para proteger as pessoas.

Então, desejamos a todos um Feliz Ano Novo Chinês! 🙂